O preconceito dos metafísicos dogmáticos é o de acreditar que tudo que é superior não pode ter sua origem naquilo que é supostamente inferior – mas tão somente em algo que seja tão superior quanto: no seio do ser, num deus oculto, na “coisa em si”, ou na antinomia dos valores.
Esforçando-se na seriedade com que utilizam esse preconceito, os metafísicos alcançam, então, a verdade. Para eles, superior a tudo o mais porque originada pelas operações da faculdade que fez do homem um animal superior: a razão. Mas, se a superioridade de tal origem não passar de uma valoração superficial (preconceito), qual será o fundamento do valor dessa verdade tão amada e mesmo necessária àqueles que a proclamam?
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