Quis a volta o pensamento
Do que há muito é escombro
Feito dor que nega o tombo
E esgarça o sentimento
Quis depois fel e vingança
Pra provar do amor o avesso
E bradar na idéia a ânsia
De amar a qualquer preço
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
LEVE
À leveza, é o que se diz,
não se chega pelo orgulho
que remói de si o entulho
num altar de um só juiz
A leveza é da tragédia
provação do coração:
é sorrir mesmo sem rédeas
Respeitar dizendo não
não se chega pelo orgulho
que remói de si o entulho
num altar de um só juiz
A leveza é da tragédia
provação do coração:
é sorrir mesmo sem rédeas
Respeitar dizendo não
sábado, 10 de outubro de 2009
SONETO INEVITÁVEL
Ante o vazio que nunca se evita
Ante o prazer que provoca sentidos
Não se antevê segurança de abrigos
Pouco se crê sofrimento que grita
Feito espiral que me redemoinha
Toda esperança ao fundo tragada
Vejo escorrer o que antes continha
Sem perceber nova esquina me aguarda
E a solidão, na soleira, na chuva
Não mais se ri nem tampouco acusa
Meu coração pelo crime de amar
Sem te saber me espreitas de perto
Oh, doce incerteza de amargo indiscreto
De mim faz tua presa sem mais nem pesar
Ante o prazer que provoca sentidos
Não se antevê segurança de abrigos
Pouco se crê sofrimento que grita
Feito espiral que me redemoinha
Toda esperança ao fundo tragada
Vejo escorrer o que antes continha
Sem perceber nova esquina me aguarda
E a solidão, na soleira, na chuva
Não mais se ri nem tampouco acusa
Meu coração pelo crime de amar
Sem te saber me espreitas de perto
Oh, doce incerteza de amargo indiscreto
De mim faz tua presa sem mais nem pesar
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
ADUBO POÉTICO
Tem poesia que nasce do estrume
Do mundo que me circunda
Sobe e cai do mesmo cume
Tem poesia que ignora desafeto
Segue em frente, vira curva
Cumprimenta o que há de incerto
Do mundo que me circunda
Sobe e cai do mesmo cume
Tem poesia que ignora desafeto
Segue em frente, vira curva
Cumprimenta o que há de incerto
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