sexta-feira, 15 de julho de 2011

DIÁSPORA















Então fala-me do amor
Esse que se entrega de graça
Esse que rima com dor e flor

Brotado de terra baldia
Banhado pela noite vagante
E pelo sol do meio dia
Da onde veio, senão do lugar pra onde foi?

Diz-me de peito aberto,
- Se é que as flores realmente se abrem -,
do mistério do que veio antes ou depois

Quanto custa o quanto cobra?
Quanto deseja e se acaso sobra
Uma sombra de calmaria de dia de verão

Diz pra onde vão
Os dias dados pela alegria.
Pra correnteza em hemorragia?
Ou pro zelo perdido de quem lutou,
Viveu, cresceu e nem sabia?

Pois saiba!
Sofrimento fronteiriço à raiva não respeita bandeiras
Mas a minha foi fincada à beira
De um precipício de metáforas:
Diz-me se o amor é o faraó-deus onipotente,
Ou todo um povo em diáspora?
                   

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