Apolo, o deus arqueiro,
Lançou duas flechas pelos ares.
Uma, na direção do sonho,
A outra, da realidade.
Velozes, zuniram melodias
E distanciaram-se do divino arco.
Da primeira, feita de sonho,
Seu alvo era o velho Zenão.
Avançou, ligeira e implacável,
Atravessou infinitas imagens,
Transpôs os mais largos hiatos,
E ao destino, até hoje, não chegou.
A outra, feita de realidade,
Percorreu lentos séculos de vida.
Aproximou-se da voz mais antiga
E cravou no calcanhar da humanidade.
O pé, ferido e inchado,
Transpôs o mais curto dos hiatos.
Porra.. bom pra cacete, meu irmão! Tu é o cara.
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