Me fiz de maioral.
Achava que precisava
(e você sabe, a verdade insiste em não passar de opinião).
Sempre acho que preciso, é ridículo.
Talvez por isso, por ser ridículo,
seja tão necessário e verdadeiro.
Eis a minha opinião.
Então é isso, o puto ia de maioral na comédia sem cura e com graça apenas para os loucos:
- Não preciso de você e você sabe disso.
- Sou dono do meu nariz, mas meus defeitos são todos seus.- Não vou dizer que te amo, mas quero que você ouça com os meus ouvidos.
- Respeito suas opiniões, só não admito que discorde de mim.
- Essa sua maldita necessidade de ser escrotizada faz de mim um escroto prestativo de mérito duvidoso.
Desliguei.
Nem reparei,
no silêncio do meu esgoto cristão a céu aberto,que ela não havia dado a menor bola.
Porque era realmente SUPERIOR.
Ou talvez porque, simplesmente,
não sabia fingir.
(Malditos poetas
que fingem ser sombras
só pra enxergarem no escuro!)
Liguei novamente,
humano, falho e tolo.
Fui doce e patético.Ela, autêntica, também foi.
Fomos e nos despedimos.
Desliguei e sorri.
Irresistivelmente comovido e solitário.Temporariamente desiludido e me sentindo
um pouco menos condenado
por simplesmente estar.
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