Lugar sem comportamento é o coração
Ando em vias de ser compartilhado
Ajeito as nuvens no olho
A luz das horas me desproporciona
Sou qualquer coisa judiada de ventos
Meu fanal é um poente com andorinhas
Desenvolvo meu ser até encostar na pedra
Repousa uma garoa sobre a noite
Aceito no meu fado o escurecer
No fim da treva uma coruja entrava
(Manoel de Barros)
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