quinta-feira, 7 de abril de 2011

(COM)TRADIÇÃO

Drummond, que veio antes,
a sumidade.
Pessoa me trouxe o cinza
que invade a tarde.
Ao homem multicolor
feito de Barro
Manoel me apresentou.
Mas, ao cigarro
quem muito o estimulou
foi Baudelaire:
tragar palavra,
o ofício de quem tem fé.
Vinícius, em cujo vício,
havia som
cantou sonora vida e
boêmio chão.
de Hollanda, Chico Buarque
cantou a fêmea
narrou, do coração,
secretas senhas.
Dos gregos e dos romanos:
diva peleja
na Tróia dos dois destinos
que a glória almeja.
Leminski, ébrio Bukowiski,
eis Leon Trotski
matérias e artifícios
de vida e morte.
          

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