Bebamos à insensatez
até que, enfim, encontremo-nos sóbrios
Furtemos ao calendário
a ordenação que nos marca os dias
Lembremos em voz alta
o dia acaba, a noite começa
Celebremos sem que nos ouçam
a lembrança esquecida ao poeta
Vejamo-nos adulterados
um pouco de mágoa, um pouco de alívio
Sigamos adulterando
a vil dádiva de estarmos vivos
Sobre linguagem neutra e outras considerações
Há 5 semanas
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